"Nem só de caviar vive o homem" é o título de um livro escrito por Johannes Mario Simmel. Conta a história real de Thomas Lieven, verdadeira aventura durante a II Guerra Mundial e de como conseguia fazer maravilhas na cozinha, mesmo quando praticamente não havia ingredientes disponíveis. Minha mãe, esse livro e mais recentemente boas amigas e vários blogs me inspiram na cozinha. Este blog é sobre os resultados que nela obtenho e assuntos relacionados ao prazer de comer e beber.
29 de agosto de 2008
Vivendo e aprendendo, sempre!
24 de agosto de 2008
Domingo - dia de café da manhã no capricho
* Maria é uma figuraça que trabalha para nós há uns 25 anos. Foi aniversário dela. Voltei de lá ontem com várias marmitas. Obrigada, Dona Maroka!
Bolo de caneco
Ontem, fiz a receita quase original, adicionando algumas lascas de amêndoas à massa. Escolhi a dedo um caneco de 300ml, porém, ao crescer, o bolo transbordou fazendo uma meleca. Culpa do volume extra das amêndoas, talvez. Ficou meio esponjoso, típico de bolos feitos com óleo e não manteiga.
Para contornar o efeito-esponja, hoje adaptei mais uma coisa na receita: troquei metade do óleo por manteiga derretida. Ficou bem mais gostoso. Ah, mais uma coisa importante: peneirar os secos (farinha, chocolate, fermento).
Para fazer porções individuais achei melhor usar canecos menores, então foi suficiente fazer duas receitas que renderam três canecos de 240ml (enchidos em 2/3 de sua capacidade). Depois de prontos, polvilhei açúcar de confeiteiro para dar um charme. Desse jeito, entraram na categoria de receitas a serem repetidas eventualmente.
A receita adaptada (e aprovada) ficou assim:
Ingredientes - para 3 bolos em canecos de 240ml:
* 2 ovos
* 8 colheres (sopa) de leite
* 3 colheres (sopa) de óleo
* 3 colheres (sopa) de manteiga derretida - usei orgânica
* 4 colheres (sopa) rasas de chocolate em pó
* 8 colheres (sopa) rasas de açúcar
* 8 colheres (sopa) rasas de farinha de trigo
* 2 colheres (café) rasas de fermento em pó
Modo de Preparo:
O primeiro fiz direto no caneco, como reza a receita, o que é ótimo para quem não quer sujar utensílio, mas fica ruim de mexer no final. Os de hoje preparei numa tijela e com o batedor de arame para depois despejar nos canecos.
Bata bem os ovos , acrescente o óleo, a manteiga derretida, o açúcar, o leite, o chocolate peneirado e bata mais. Adicione a farinha e o fermento peneirados e bata novamente até incorporar. Leve por três minutos no microondas, na potência máxima (no meu microondas foram necessários 4 minutos).
Dicas: Escolha você fazer uma receita grande ou várias menores, o importante é não encher demais o caneco - dois terços da capacidade é uma boa medida.
20 de agosto de 2008
Petiscos de?
Mexeu com a minha curiosidade.
No ato lembrei das minhas cenourinhas e beterrabinhas orgânicas esperando pacientemente por mim na geladeira. Resultado: elas continuam esperando lá (agora cozidas no vapor), mas as ramas!!! Não passaram daquela noite.
Em tempo: ramas e folhas de beterraba são "macias", já as de cenoura são mais duras e fibrosas e difíceis de mastigar (cuidado para não engasgar com elas, principalmente com a parte mais foliar!). No caso das ramas de cenoura, utilize as mais novinhas ou apenas o talinho das mais desenvolvidas. Ah! Deixe um pedacinho da cenoura nas ramas para dar um toque a mais no petisco. Eu separei cenouras de suas ramas manualmente e adoro o estalo que isso dá.
Ramas de beterraba refogadas
* lave bem as ramas de beterraba para tirar qualquer terra que nelas habite
* corte caules e folhas e refogue em azeite com cebola previamente dourada
* tempere a gosto (não coloquei nem sequer sal, já que elas foram para o omelete)
Ometele com ramas de beterraba refogadas
Um pouco antes das ramas chegarem no ponto, coloque ovos previamente batidos e temperados com sal e pimenta do reino moída na hora. Deixe secar bem antes de virar, seque o outro lado, polvilhe com parmesão ralado na hora e sirva ainda quente. Fica delicioso e muito bonito, pelo contraste do amarelo do ovo (se for caipira/orgânico, a cor fica mais ressaltada) com o bordô das ramas e o verde das folhas.
Tempurá de ramas de cenoura
Quando ouvi a descrição do prato logo imaginei uma massa tipo tempurá. Que me perdoem os que sabem receitas orientais se eu estiver errando feio, mas inventei minha massa de tempurá seguindo meus instintos e achei que ficou muito boa.
Massa para tempurá:
* dois ovos inteiros (usei orgânicos)
* cerca de 200ml de leite (o meu era longavida desnatado)
* cerca de 8 colheres de sopa de farinha de trigo (usei orgânica)
* sal a gosto
A quantidade de farinha dependerá do tamanho dos ovos e da quantidade de leite. Não medi nada, lamento. A consistência era a de uma panqueca daquelas que ficaria mais fininha, o suficiente para cobrir as ramas que logo eram fritas em óleo bem quente. Também errei na quantidade de massa, que sobrou e acabou indo para o lixo, que pecado.
O único inconveniente do prato? O fato de ser frito... É nessas horas que me lembro porque as frituras (que tanto adoro) estão banidas da minha cozinha...
Não publico as fotos porque ficaram péssimas e não fazem juz à delicia que ficaram esses dois pratos.
7 de agosto de 2008
ROMANESCO - UHU!!!!
Mas eu já estava conformada que essa minha curiosidade teria que esperar alguma viagem aos Estados Unidos para ser satisfeita. Fiquei gratamente surpresa quando na semana passada ele constava da lista de produtos disponíveis do meu fornecedor de orgânicos!!
E ontem finalmente pude prepará-lo ao melhor estilo remake de sabor de infância (ou seja, como muitas vezes minha mãe preparava couve-flor):
1. Cozinhei o romanesco inteiro no vapor
2. Passei ele na manteiga até começar a ficar douradinho
3. Juntei migas (acho o termo tuga mais simpático que "farinha de rosca") e deixei mais um tanto para que tudo ficasse bem dourado
Nem sal foi necessário adicionar, ficou espetacular. Fer, quando sobrarem romanescos na sua cesta, manda eles para mim?
A foto do prato pronto, composto pelo romanesco, uma bela salsicha e purê de batatas (De saquinho, da Yoki. Pronto, confessei!) eu publico assim que puder, pois foi tirada numa máquina que não é minha. Por enquanto, publico uma foto de um dos post acima lincados para matar a curiosidade de todos que ainda não tinham sido apresentados ao romanesco intergaláctico ;-) .
6 de agosto de 2008
Cerveja bem
Sobre a carne wagyu você provavelmente já ouviu falar. Ela custa R$ 2 200 o quilo. Criado na região de Kobe, Japão, esse bife vem de um bovino que só come grãos e passa seus dias bebendo cerveja, recebendo massagem e ouvindo música. Tudo isso para garantir uma carne com maciez e sabor inigualáveis.
Agora já sei o que pedir para a galera levar no próximo churrasco, assim economizamos na cerveja...