"Nem só de caviar vive o homem" é o título de um livro escrito por Johannes Mario Simmel. Conta a história real de Thomas Lieven, verdadeira aventura durante a II Guerra Mundial e de como conseguia fazer maravilhas na cozinha, mesmo quando praticamente não havia ingredientes disponíveis. Minha mãe, esse livro e mais recentemente boas amigas e vários blogs me inspiram na cozinha. Este blog é sobre os resultados que nela obtenho e assuntos relacionados ao prazer de comer e beber.
16 de dezembro de 2009
Bolo de maçã preguiçoso
Aprendi com a Dri, num dia de chuva lá na Ilha. Repeti várias vezes. Em 2008 (ou seria 2007?) foi nosso bolo de aniversário (nosso, das capricornianas de janeiro!).
Ingredientes:
* 4 maçãs fatiadas (ou o suficiente para cobrir generosamente a forma)
* 1½ xíc. farinha
* 1 CS fermento em pó
* 1 ½ xíc. açúcar
* 4 ovos ligeiramente batidos (com o garfo mesmo)
* 3 CS manteiga derretida
* açúcar e canela para polvilhar
Untar a forma (mais ou menos uma do tamanho de uma folha A4) e espalhar as maçãs para cobrir o fundo. Misturar a farinha com o açúcar e o fermento e distribuir sobre as maçãs. Derreter a manteiga e derramar sobre o bolo, logo espalhar os ovos batidos. Levar ao forno até dourar. Polvilhar com a canela e açúcar.
Sairá proximamente do forno novamente ;-)
--> Saiu do forno semana passada, porém na versão ameixa. Ficou muito molhado, porém delicioso e refrescante.
20 de novembro de 2009
Dieta mediterránea
Dieta mediterránea (2009)
Director: Joaquín Oristrell
Reparto: Olivia Molina, Paco León, Alfonso Bassave, Carmen Balagué, Roberto Álvarez, Jesús Castejón
Sofía nace prematuramente en una barbería, rodeada de hombres que necesitan un corte de pelo el mismo día de junio de 1968 en que Bob Kennedy es asesinado.
Durante quince años, crece entre los fogones y las mesas de la casa de comidas de sus padres.
Mujer trabajadora, ambiciosa e imprevisible, muy pronto se enamora de dos hombres: con uno, Toni, el yerno que toda madre querría tener, se casa y tiene tres hijos; con el otro, Frank, el representante que todo artista querría tener, descubre el secreto de la alta cocina.
Con los dos llega a un acuerdo profesional y amoroso que revolucionará el mundo de la cocina.
Los personajes
Paco León (Toni)
Él es un hombre de pueblo. Nace feliz y crece feliz dando más de lo que recibe, y por eso acaba recibiendo más de lo que nunca hubiese soñado. Sabe manejar el dinero, la familia, los hijos y, sobre todo, a su mujer, Sofía. Es el más fuerte, el más honesto, el más caliente, el más persona. Es la sal.
Olivia Molina (Sofía)
Es la estrella de la historia: una chica de pueblo que llega a convertirse en "la mejor cocinera del mundo". La vemos nacer y crecer detrás de la barra de un bar. Asistimos a la creación de sus primeros platos, al descubrimiento de su vocación. La vemos querer, odiar, sufrir, manipular, ser explotada y explotar. Es atractiva, imprevisible, clara por fuera, oscura por dentro; es un genio... Es el Mediterráneo.
Olivia Molina (Sofía)
Detrás de todo gran cocinero hay un cerebro que lo guía, y en nuestra historia es Frank. Un Pigmalión que descubre de inmediato el talento de Sofía y dedica su vida a transformarlo en un éxito. Es un lobo solitario, o una serpiente cuando se trata de que alguien caiga en la tentación, o un perro abandonado cuando es incapaz de conseguir una familia por sí mismo. Es una isla.
Fuente: Canal de cine LaHiguera.net
27 de outubro de 2009
7 de setembro de 2009
Alimentos decorativos
Uma vez fiz um projeto de paisagismo onde o manjericão formava um canteiro grande para dividir a horta do restante do jardim e delimitar também o fim do terreno. Recebi um comentário de que seria uma quantidade demasiado grande para o uso culinário.
Mas não foi por isso que o coloquei naquele lugar, foi porque suas folhas arroxeadas combinavam bem, a altura era adequada, assim como a densidade de folhas e porque o aroma de suas folhas e flores seria interessante no local. Além disso, poderia ser utilizado para aromatizar o fogo de chão que ficava lá na horta, agregando ao delicioso cheiro de lenha e ao crepitar um perfume interessante.
Acredito que as plantas não têm que ser apenas ornamentais ou apenas alimentos, podem ser as duas coisas.
10 de agosto de 2009
La Dulce Estación
Além disso, o café acompanha água (isso por aqui é bastante comum) e um mini suco de laranja (natural!), além de uma fina barra de chocolate meio amargo com o "lacre" La Dulce Estación em chocolate branco.
E os preços estavam tão bons quanto (ou melhores) que os de outros lugares que não valem o suficiente para serem mencionados por aqui.
Quer vir? O endereço é:J B Alberdi 907 - Olivos (Buenos Aires)Ao lado da estação Borges do Tren de la Costa (um trem turístico que recomendo - nessa mesma estação também há um café gostoso, mas La Dulce Estación é melhor)
8 de agosto de 2009
Rizoto com caldo de cordeiro
Quando fiz o cordeiro guardei o que sobrou do caldo. Seria imperdoável jogar fora. Ficou congelado até eu decidir fazer o rizoto. Não segui uma receita, fiz como me lembrava que a Dani havia feito uma vez na casa dela.
Primeiro, refoguei cebola, cebolinha e alho poró, logo acrescentei o arroz arbóreo e vinho tinto. Ai começa o momento de mexer constantemente. Quando o vinho foi secando, comecei a acrescentar o caldo quente e continuei mexendo. Quando seca e o arroz ainda não está no ponto, acrescenta-se mais caldo (ou água quente se esse acabar). Assim vai até o arroz ficar al dente. Então, basta apagar o fogo, acrescentar manteiga e queijo ralado na hora, tampar e deixar repousar por aproximadamente 15 minutos. (Coloquei também um resto de molho de cogumelos que havia na geladeira).
Servi com carne picada com molho e erva doce refogada na manteiga.
Por cima, brotos de rabanete (produção própria!).
24 de julho de 2009
Cordeiro com nhoquis
Aqui na TV a cabo há um canal chamado El Gourmet que se dedica apenas as assuntos deliciosos de todos os povos, sabores, texturas e cores.
Comecei a assistir alguns de seus programas em novembro de 2008 e desde então estou com desejo de comer cordeiro, um prato que adoro mas que não combina muito com os mais de 30 graus de temperatura do verão. Vi uns sendo preparados em forno a lenha, ao ar livre, com temperos direto da horta. Não tenho essas condições para o preparo, mas o fogão a gás, mesmo sem tanto charme e o cheirinho da lenha, também deu conta.
Na noite anterior ao dia em que planejava o preparo da paleta de cordeiro que ganhei, subi para procurar uma receita no site do El Gourmet. Para minha sorte e felicidade encontrei uma fonte melhor: Camila, minha amiga chef lá do delicioso Restaurante Rosmarinus officinalis em Mauá estava online e me disse como ela prepararia a paleta se estivesse em meu lugar.
Para fazer como ela sugeriu, o prato foi postergado um dia, já que tinha que ficar marinando por aprox. 24h.
Primeiro, esfreguei a peça com sal grosso, pimenta do reino branca moída na hora e alecrim seco (na falta do fresco...). Num marinex coberto com filme plástico, ficou das 11h00 de um dia às 8h30 do outro marinando na geladeira.
Logo, esfreguei com mel cristalizado - esse ingrediente foi por minha conta, achei que combinava e não me arrependi.
A carne foi selada numa frigideira para então deitar sobre uma cama de legumes - salsão fatiado, cenoura cortada em rodelas grossas e cebola. Tudo foi banhado com vinho tinto e a assadeira foi completada até metade de sua altura com caldo de carne caseiro feito também no dia anterior (brodo) e tampada com papel alumínio.
Foi ao forno baixo por aproximadamente uma hora. Aumentei a temperatura para média-alta (sorry, não tenho termômetro) para dar uma acelerada. Ficou assim 2 horas. Abaixei novamente a temperatura - a carne já estava assada, mas ainda não desprendia dos ossos como devia.
Já quando selei a carne o aroma de alecrim, carne e pimenta era enlouquecedor. Ao fim de 4h30 de forno, a carne desprendia um aroma delicioso, soltava-se dos ossos como se nunca tivessem estado unidos e seu aspecto também era tentador.
Soltei a carne e desfiei ligeiramente para então acomodar ela e algumas cenouras sobre os nhoquis já cozidos, banhar com caldo, polvilhar com salsinha picada e parmesão recém ralado.
Voilá! Delicious, recomendo.
Dica da Camila para a hora da compra:
* escolha paletas pequenas, são mais macias
* os cordeiros do Uruguai são muito bons
De tanto falar em cordeiro para minha mãe ela me presenteou com uma linda paleta de cordeiro, mas lembrarei das dicas quando for escolher uma nova peça para outro delicioso prato algum dia ;-)
A sorte é que somos apenas 3 aqui em casa, então a escolha de uma paleta pequena foi a decisão lógica na hora da compra. Não sei a origem, esqueci de ver a etiqueta. Pode ter sido uruguaia como também patagônica - lá no sul consomem muito cordeiro.
Restaurante Rosmarinus officinalis, Mauá
20 de julho de 2009
1 de julho de 2009
Um, dois
Acho que aprendia a cozinhar feijão antes de minha mãe (obrigada, Maria!). Aprendi a comer e a gostar dele nas raras vezes em que comíamos no bandejão da escola e, mais tarde, nos restaurantes por quilo, onde está sempre disponível, mesmo que a salada já tenha acabado.
Engraçado que meus hábitos na cozinha só tenham incluído mais o feijão desde que estou fora do país do 1, 2: feijão com arroz. O daqui não é tão fresco, é difícil de ser visto nas prateleiras dos supermercados (engraçado) e mais fácil de ser comprado solto nas lojas de 'dietética', ao lado do farelo de trigo e das sementes de girassol descascadas (e sem sal!) que adoro. Atenção: pode estar bichado, olhe bem antes de pedir seu quilinho.
Mas depois é só alegria. Mulatinho, preto, azuqui: separe, lave, deixe de molho e cozinhe como de costume. Para acompanhar, arroz branco com cebola e alho, couve da horta (porque essa também não existe por aqui) e o que mais der vontade ou tiver sobrado de alguma refeição anterior.
Pimentinha?
21 de junho de 2009
Pudim de pão
Ficou bom. Até meu pai que não anda muito de doces elogiou. Outra receita garimpada no Chucrute. Copio e colo.
2 1/2 xícaras de leite
2 colheres de sopa de manteiga
3 fatias de pão tipo caseiro, sem a casca e picado [mais ou menos 1 1/2 xícara]
1/2 xícara de passas
Raspas de meio limão
3 ovos grandes
3 colheres de sopa de açúcar
1/8 colher de chá de noz moscada ralada na hora
Para polvilhar, 2 colheres de açúcar ou cubinhos de açúcar esmigalhados
Para servir, creme de leite fresco [heavy cream]
Numa panela aqueça o leite com a manteiga, mexendo até derreter. Remova a panela do fogo e acrescente o pão em pedacinhos, as passas, as raspas de limão e deixe amornar. Separe as claras das gemas dos ovos. Bata as claras em neve. Coloque as gemas batidas com um garfo na mistura de leite e pão. Misture bem. Acrescente o açúcar. Junte as claras em neve, mexa delicadamente, e coloque a nos moscada. Salpique com o açúcar. Despeje a mistura numa forma rasa untada com manteiga e coloque num banho maria em forno pré-aquecido em 325ºF/162ºC por uma hora. Sirva morno com o creme fresco.
Fiz um caramelo na forma em vez de untar e enquanto o pudim estava quente, consegui desenformar ele inteirinho, um milagre...
Batatas espanholas com file de porco
Eba! O domingo chegou.
Foi a primeira vez que usei açafrão. Lá nos idos de 1992 comi um prato panamenho na casa de uma amiga aqui em Buenos Aires. Delicioso, levava açafrão. Fui toda contente gastar meu rico (e pouco) dinheirinho um potinho de açafrão que era menor que minha unha e custava os olhos da cara. Nunca chegou a ser usado - desapareceu numa mudança, apesar de bem guardado no pote de condimentos. Vai saber...
As batatas (receita publicada no Chucrute)
1 quilo de batatas cortadas em fatias grossas [para 3 pessoas, usei 700g e adaptei o restante. Sobrou um petisquinho para a hora de assaltar a geladeira]
Sal marinho e pimenta do reino moída na hora
2 pitadas de açafrão
3 colheres de sopa de azeite de oliva extra-virgem [Não tinha, que vexame! Usei canola instead]
1 fatia de pão rústico [usei de um que fiz - receita aqui]
1/2 xícara de amêndoas sem casca picadas
2 dentes de alho [será que não era para picar?]
2 xícaras de água fervendo
1 colher de chá de páprica [a minha é da "normal" mesmo]
1 colher de sopa de salsinha picada [não usei porque sou uma esquecida]
Pré-aqueça o forno em 375ºF/ 190ºC. Unte um refratário grande que comporte as batatas numa única camada, com azeite. Adicione as batatas, adicione sal e pimenta a gosto e salpique o açafrão por cima.
Numa frigideira, em fogo médio, coloque o pão partido em pedacinhos com as mãos, as amêndoas e o alho. Refogue bem até o alho ficar dourado. [Nesse ponto acrescentei a páprica.] Coloque essa mistura num processador e moa bem, adicionando um pouco da água fervendo até formar uma pasta. Adicione sal e pimenta a gosto e espalhe sobre a camada de batatas. Regue com o restante da água fervendo, cubra com papel alumínio e asse por uns 30 minutos. Descubra, mexa com uma colher e deixe assar mais um pouco, até toda água ser absorvida e as batatas estarem bem macias. Se quiser, gratine por uns minutos no broiler. [Eu quis, mas confesso que não fez muita diferença...]Salada de pepinos
A renda do pepino não ficou tão bonita como a da Cris do From our home to yours. Quem sabe ela conta seu segredo pra gente?
Para o molho, usei:
Sumo de limão sisciliano (aqui esse domina, o tahiti vende-se para caipirinhas e é bem mais caro e difícil de encontrar)
Azeite
Sal
Pimenta branca moída na hora
Maggi-Würze
Creme de leite fresco
O filé de porco sobre cama de cebolas e tomates secos
Essas fatias de filé mignon de porco defumadas são vendidas como Kassler e podem ser comidas tal qual saem da embalagem. Portanto, bastava aquecê-las. Mas com um toque de algo mais, certo? Certo.
Fatiei cebola, temeperei com óleo (again no olive oil, what a shame!), sal e pimenta. Levei ao forno num refratário coberto com alumínio por 40 minutos enquanto preparava as batatas. Acrescentei o que me restava dos tomatinhos secos, que também fizeram sucesso aqui. Mais 40 minutos de forno. Dispus as 3 fatias de lombo de porco em cima, para aquecer por 5 minutinhos mais.
Na hora de servir: uma porção de batatas formou a base, o lombo equilibrado em cima com seus acompanhamentos. A salada foi à mesa na tijela marrom (gosto do contraste de cores) e serviu-se em pratinhos individuais.
*** Perguntei e a resposta veio à jato ***
Cris
Com que você "renda" o pepino? Tentei uma ferramenta de tirar casquinha de limão e também improvisar com a ponta de um molde de cortar biscoitos. A coisa ficou meio torta, apesar disso não ser tão aparente nas finas fatias. Mas adoraria fazer melhor na próxima vez ;-)
Beijos,
Elena sem H
Da despensa, da geladeira, da prateleira de temperos
Dois gramas de açafrão espanhol por potinho. Não quero nem saber quanto custou (obrigada, mamis).
E curry em pasta. Até então conhecia apenas o curry em pó, como o indiano. Encantei-me por esse. Ah, se fotos tivessem aroma!
"Tempero Maggi. Para acertar o sabor e temperar na cozinha e à mesa. Desde 1887."
E eu ia dizer que é uma tradição aqui em casa... Comparado a mais de mais de 120 anos de existência, o que são 3 gerações de uso? Foi trazido por anos a fio da Alemanha, era o pedido cada vez que alguém viajava. hoje é possível comprá-lo aqui, no Jumbo. E vale pagar seu preço. Visualmente parece molho inglês, porém aroma e sabor são bem diferentes dele.
Clique nas imagens para ampliar
19 de junho de 2009
Tomatinhos secos
Ficaram ótimos, reparem como encolheram (óbvio, era o esperado, drrrrrrrrrr).
A parte com as cebolas virou uma salada: os tomatinhos secos + cebola assada + queijo gruyer em quadradinhos + azeite + pimenta do reino branca moída na hora + orégano + azeitonas sem caroço. Delícia! Foi servida acompanhando outros frios e pão.
Outro tanto incrementou uma carne assada. E ainda tem um pouco na geladeira esperando sua vez.
17 de junho de 2009
Pão recheado
Anteontem resolvi voltar a fazer essa receita aqui, porém usando o que "sobra" da massa para fazer um pão recheado com frios, um pão com jeito meio rocambole de ser.
Piquei presunto, muzarela, tomate e cebola, temperei com azeite de oliva, orégano, pimenta do reino branca e deixei marinar enquanto a massa crescia. Num tantinho de recheio misturei uns restos de salsichão e fiz um pãozinho com sabor diferente.
Rendeu vários pães de tamanhos diferentes, já que fiz uma torta menor dessa vez. Assim, deixo o almoço para meus pais no sábado (esses pães foram congelados e posteriormente voltarão a ser aquecidos no forno) e tenho algo tentador para levar à comemoração do dia do voluntário lá na reserva Ribera Norte.
11 de junho de 2009
Miojo
Ontem comi algo bastante parecido (que aqui custa uma fortuna, um absurdo!). Mas assim como o lámen de outras marcas não é miojo, esse tampouco. Fica para quando eu estiver em terras tupiniquins mesmo.
5 de junho de 2009
Capeletis gratinados
Ficaram deliciosos. E foram fáceis e rápidos de fazer. Enquanto os capeletes cozinhavam em água e sal, fiz o molho.
A massa comprei pronta, industrializada da La Salteña - já falei dessa marca aqui e aqui, era recheada com ricota e espinafre.
Para o molho, usei um purê de tomate com orégano e, como nenhum molho de caixinha é suficientemente bom, refoguei cebola, salsicha picada, acrescentei o purê de tomate e temperei com pimenta do reino branca, sal, algo de açúcar, sementes de Kümmel para um toque diferente e discreto.
Depois de escorrer a massa, coloquei num refratário com manteiga no fundo, logo molho, mais massa, mais molho, umas fatias de queijo e algum queijo ralado. Como já estava tudo quente, levei à parte inferior do forno (aquela gavetinha que a gente nunca lembra de usar e que fica abaixo das chamas) para gratinar.
Comemos acompanhado de vinho tinto Santa Ana etiqueta negra. Vinho barato, nada especial, ácido e bom para a situação.
Meia horinha
30 de maio de 2009
Gudruns Bauernbrot
Esse foi o primeiro pão que fiz em minha vida, lá nos idos de 1989... O nome está em alemão. Gudrun foi quem me ensinou a receita. Bauernbrot é o pão do camponês, aquele mais consistente, mais pesadinho, com grão, muitas fibras e farinha integral. Aqui o chamariam de pan de campo.
Apesar dele não ter crescido muito ontem, está delicioso. A receita rende 4 pães como o da foto (uns 30cm), que deveriam estar mais crescidinhos - geralmente o pão assado fica com o triplo do tamanho da massa crua, essa vez ela apenas dobrou.
O bom dessa receita é que ela também congela bem, senão teria que sair procurando a quem dar de presente pois deixar estragar não cabe. Da última vez que fiz, descobri que posso obter um "pão fresco" recém assado com aquilo que congelei. Para isso, basta assar menos (2/3 do tempo total, por exemplo) uma parte dos pães, congelar eles assim, semi-assados e, quando quiser consumir, descongelar na geladeira e logo assar o tempo restante (aprox. meia hora).
Outra vantagem é que podemos adicionar os grãos que mais nos apetecem, variar os ingredientes entre uma receita e outra, colocar grão em cima ou sal groso para dar um tchan, acrescentar mel em vez de açúcar e assim ir brincando com a receita e com nosso paladar.
E claro, é um pão cheio de fibras e dos mais variados tipos de minerais e vitaminas dos diversos grão - portanto, bom para a digestão e nossa saúde.
Ele vai muito bem com frios e patês, o pessoal da horta adorou.
Abaixo, a receita original.
Gudruns Bauernbrot
* 2 colheres de sopa dos seguintes grãos: trigo mourisco, trigo integral (que deverá ficar de molho 24h antes de usar), linhaça (ômega três, ajuda no controle do colesterol), gergelim (símbolo da imortalidade na mitologia hindu, recomendada para a boa circulação e fonte importante de cálcio), farelo de aveia tostado, cevadinha, farimnha de milho, farinha para kibe, flocos de trico, painço descascado (sim, painço - isso não é só comida para passarinho)
* 6 CS de farinha de trigo integral (aprox. 200g)
* aprox. 1kg de farinha de trigo (a quantidade vai depender, use o necessário para dar liga)
* 1 ovo (opcional - dessa vez usei o que sobrou da receita do mini cheese cake)
* 6 CS de manteiga
* 3 xícaras de leite morno
* 2 cc de açúcar
Misturar os grãos, a manteiga, 2 1/2 xíc de leite morno, o sal e o ovo até obter uma consistência homogênea. Separadamente, dissolver o fermento no leite restante adicionando o açúcar. Logo, acrescentar o fermento aos grãos e ir adidionando as farinhas integral e branca. Amassar com as mãos até obter uma massa uniforme.
Deixar descansar enquanto unta formas inglesas, ou, como prefiro fazer, prepara uma grande assadeira untada ou forrada com uma placa de silicone. Cortar a massa em 4 partes, formar o pão ou forrar o fundo das formas (não exceder 1/3 da altura da forma, o pão cresce bastante). Fazer cortes em cima para ele não rachar e logo cobrir um panos de prato. Deixar num local quente até dobrar de tamanho - eu deixo em cima do fogão, já que acendo o forno (fogo baixo) nesse momento para pré-aquecê-lo.
Levar ao forno pré-aquecido em temperatura média e assar de 1 a 1 1/2 hora - estará cheirando bem e, se furado com um palito, a massa não irá grudar.
Dessa vez eu também resolvi pincelar com ovo antes de assar e colocar um pouco de sal grosso num deles.